Além dos Livros: "O silêncio dos inocentes"

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Quando me perguntam qual dos meus livros eu mais gosto, sempre rola um friozinho na barriga antes de responder. Não que eu tenha realmente um preferido (meus livros são como filhos), mas tem aquele que me traz mais lembranças. Nesse caso, O silêncio dos inocentes. Gosto de brincar que foi o primeiro livro de “gente grande” que eu ganhei e li (presente de mamãe): eu deveria ter uns dez anos e já era uma grande fã de suspense. Então, nada mais justo. Lembro que, na época, não entendi muitas coisas, mas, à medida que fui crescendo e relendo, fui gostando ainda mais dele.

Mas como hoje é sexta, dia de "Além dos Livros", vim falar do filme que foi lançando em 1991 e ganhou 5 Oscars (melhores filme, roteiro adaptado, diretor, ator e atriz).

Clarice Starling (Jodie Foster) é uma jovem agente do FBI que ainda não saiu da Academia, quando é chamada pelo agente Jack Crawford, para sua primeira missão: ela tem que entrevistar o doutor Hannibal Lecter (Anthony Hopkins, sempre calmo com sua voz suave é ainda mais aterrorizante, principalmente por nunca piscar) que está preso numa clínica psiquiátrica depois de cometer atos de canibalismo com seus pacientes. Simultaneamente, ocorre uma série de sequestros de mulheres na região e todas são encontradas, alguns dias depois, mortas e com marcas de esfolamento. Por alguma razão, Crawford acha que Hannibal possui informações que possam ajudar nas investigações e que Clarice é a pessoa certa para consegui-las. A partir daí, começa um dos melhores filmes de suspense que eu já tive o prazer de ver. Em sua busca pelo criminoso que ficou conhecido por Buffalo Bill, Clarice acaba travando um jogo de troca com o Doutor Lecter: ela lhe dá informações particulares da vida dela e em troca ele lhe passa informações sobre quem possa ser o assassino. O problema é que ninguém sabe que frutos essa relação pode gerar. Se, no primeiro plano, temos Clarice e Hannibal, no segundo, temos o assassino procurado pelo FBI e cheio de complexos, que mata por uma série de motivos egoístas.

O filme é uma verdadeira obra-prima e não fica devendo em nada em relação ao livro. O responsável pela adaptação soube, exatamente, onde e como fazer os cortes e o diretor em momento algum deixa de nos surpreender. Uma ótima pedida para o fim de semana. Vejam o trailer:

Um beijo, da Menina Leitora,