Uma das minhas escritoras
prediletas é a ítalo-brasileira Marina Colasanti. Gosto tanto do trabalho de
Marina que dediquei quase um ano estudando sua obra dedicada aos contos de
fadas e tive a oportunidade de conhecê-la pessoalmente no ano passado (um doce de pessoa! *o*). E como o clima de contos de fadas anda no ar aqui no blog, o
meu post de hoje será dedicado a falar um pouco sobre o trabalho desta
escritora.
Marina Colasanti nasceu na
Eritréia e radicou-se no Brasil com o término da Segunda Guerra Mundial. Além
de escritora, é também jornalista, artista plástica, tradutora entre outras coisas. Até o momento,
possui mais de quarenta livros publicados no Brasil e no exterior. Alguns dos
prêmios recebidos por Marina Colasanti foram: Grande Prêmio de Crítica, da
Associação Paulista de Críticos de Artes, na categoria Literatura Infantil
(1979); Concurso Latinoamericano de Cuentos para Niños, FUNCE/INICEF (1994);
Prêmio Jabuti categoria Melhor Livro Infantil ou Juvenil (1993, 1994, 2011);
Prêmio Jabuti categoria Poesia (1994, 2009); Prêmio Portugal Telecom de
Literatura (2011).
Embora tenha escrito poesias,
crônicas, romances e memórias, o que mais me atrai na obra de Marina Colasanti
são seus contos de fadas. Essas histórias podem ser consideradas como contos de
fadas contemporâneos, uma vez que a escritora recorre a elementos que fazem
parte do imaginário comum deste gênero – como seres e acontecimentos
fantásticos, palácios, reis, rainhas, princesas, entre outros – manejando-os
por meio de palavras com enorme capacidade de exercitar a imaginação de seus
leitores.
Gostaria de indicar a leitura de
dois livros que retratam o mundo fantástico criado por Marina Colasanti: Doze reis e a moça no labirinto do vento e Entre
a espada e a rosa. Os dois livros
possuem histórias narradas com uma enorme sensibilidade, criando um universo
mágico através do resgate dos contos de fadas, capazes de exercitar a
imaginação dos leitores. Marina vai muito além dos mitos criados em torno dos
contos de fadas, a escritora utiliza sua narrativa para a transmissão de
valores e retrata de forma única toda a sutileza e grandeza da alma feminina.
Ainda que seus contos possuam uma
atmosfera semelhante aos contos de fadas mais conhecidos (“Branca de Neve”,
“Rapunzel”, “A Bela Adormecida” etc.), eles não apresentam os tradicionais
clichês de “era uma vez” e “viveram felizes para sempre”. Uma leitura mais
atenciosa evidencia que os contos de Colasanti estão inseridos no contexto de
nossa sociedade, trazendo à tona comportamentos e estereótipos comuns na
atualidade.
Para quem se interessou, neste
link é possível ler o conto “A moça tecelã”, que faz parte do livro Doze reis e
a moça no labirinto do vento. Espero que vocês gostem!
Doze reis e a moça no labirinto
do vento
Autor: Marina Colasanti
Editora: Global Editora
Número de páginas: 96
Ano: 2006
Entre a espada e a rosa
Autor: Marina Colasanti
Editora: Melhoramentos
Número de páginas: 65
Ano: 2009
Um beijo da menina leitora,
Adorei as dicas, estão na minha lista de próximas leituras. Eu já ouvi falar muito bem da autora, mas confesso que nunca li nenhum dela. Vejo que estou perdendo muito, né? rs
ResponderExcluirÓtimo post, mil beijos.
stefhanief.blogspot.com.br
Marquei seu blog em uma tag conferi lá?
ResponderExcluirhttp://meu--mundo--adolescente.blogspot.com.br/2013/02/finalmente-tag-conhecendo-o-blog.html
Ela tem uma sutileza na escrita que me fascina, se fosse para escrever um livro infantil gostaia de ter essa sutileza, outro autor que também percebo isso é o Fabio Yabu
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