Resenha: "O lado bom da vida"

Para comprar: Saraiva e Submarino.

Pat Peoples é um cara legal que acabou de passar uma temporada em uma clínica psiquiátrica à qual ele se refere como “lugar ruim”. O problema é que ele não se lembra o que o levou a ir pra lá e nem quanto tempo ficou internado. A única coisa que ele tem certeza é que ele precisa voltar pra sua esposa, Nikki, e que ele precisa se preparar, física e psicologicamente, para esse reencontro, que irá por fim a essa distância. Essa é a premissa de O lado bom da vida, quarto livro do americano Matthew Quick, que acabou de virar filme. 

O livro é narrado praticamente todo em primeira pessoa, com Pat contando como são seus dias e como ele faz pra se tornar uma pessoa melhor praticando muito esporte, “tentando ser gentil ao invés de ter a razão”, e recuperar a memória e Nikki. O que torna a história um verdadeiro charme, já que Pat, na maioria das vezes, parece ter a mentalidade de uma criança, o que o torna um narrador, no mínimo, interessante, com suas observações sentimentais e uma forma de escrever inocente e sem grandes pretensões. 


Os personagens secundários são um capítulo à parte. Tiffany, uma garota com problemas depressivos e, possível  interesse romântico do narrador, me decepcionou um pouquinho,  devo admitir, ainda mais que vi o filme antes de ler o livro, e esperava que ela fosse mais explosiva e menos calada. Mas o Jake, irmão de Pat e o doutor Cliff, seu terapeuta, são bem originais e roubavam a cena na torcida pelos Eagles (time-paixão de Pat, que gera ótimos momentos cômicos, principalmente com seu grito de guerra e dancinha). A mãe dele também é uma graça de uma simplicidade imensa, mas que sempre procura fazer o melhor para os filhos e o marido, que tem o humor mais instável do que qualquer outro personagem.

O final é bem diferente do filme, e bem melhor, diga-se de passagem, o que me fez lembrar o filme Brilho eterno de uma mente sem lembranças, que casa perfeitamente com a história cheia de referências a outros clássicos da literatura americana que Pat lê. A sensação que fica ao terminar o romance é de que, com algum esforço, é possível sim ver “o lado bom da vida”: basta saber valorizar o que e quem temos por perto, e que a felicidade pode estar em abrir mão de algumas coisas.

Título: O lado bom da vida
Autor: Matthew Quick
Editora: Intrínseca
Páginas: 256
Ano: 2013

E você? Já leu o livro ou assistiu ao filme? Deixe sua opinião nos comentários.

Um beijo, da Menina Leitora,




4 comentários:

  1. Gente, sério que a Tiffany é caladinha no livro? Cara, no filme pareceu assim tão genial sabe?

    Beijinhos
    www.intheskyblog.blogspot.com.br

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    1. Oi Helana, por conhecer o filme é que achei ela bem calada, tipo o Pat sempre fala que quando eles vão correr ela fica sempre em silêncio, de vez em quando ela da uns rompantes, mas não com a mesma intensidade de quebrar tudo igual no filme. Na sexta tem resenha do filme, não esquece de conferir também.
      Obrigado pela visita e volte sempre.

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  2. Olá parceira! Todos estão lendo esse livro... ainda não assisti nem o filme. :c Comprei o dvd e ele estava com defeito. Gosto muito da capa desse livro hahahahaha. Muito boa a resenha. =D

    Beijo.

    Gloria, Leitura e Pipoca.
    http://leituraepipoca.blogspot.com.br/

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    1. Oi, Glória, te aconselho a não ficar indiferente a esse livro, ainda mais que ele trata de um tema que não é tão explorado assim na literatura, pelo menos não atualmente, que é a loucura.
      Espero que vc continue acompanhando nossos posts e comentando.

      P.s.: Seu blog é uma graça.

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